Nesta edição do Super Guia Vale do Paraíba, os honorários membros do Super Guia Vale do Paraíba adentram pelas serras da micro região do Paraitinga, visitando três cidades de primeira!
Não caro leitor, não iremos aqui lhes agraciar com a piadinha "é cidade de primeira por que quando engata a segunda, já passou por ela", pois não seriamos nada originais fazendo isto.
Muito pelo contrário, as cidades visitadas são consideradas cidades de primeira, pois se engatar a segunda, não aguenta subir as malditas ladeiras, morros e ribanceiras, principalmente num Golzinho safado 1.0 com 4 membros dentro.
O objetivo do roteiro foi passar um sábado inesquecível na famosa e pomposa Festa do Divino, que ocorre anualmente na cidade de São Luiz do Paraitinga, mas no caminho duas outras cidades tiveram o privilégio de serem atendidas pelo Super Guia Vale do Paraíba.
Desta forma, foram visitadas neste roteiro:
- Redenção da Serra
- Natividade da Serra
- São Luiz do Paraitinga
2)Roteiro
8:30 – Saída rumo ao fantástico mundo das serras do Vale do Paraíba (aqui o leitor atento se pergunta: “Mas um vale não é uma depressão geográfica do terreno? Como é possível ter serras? Acho que esta definição do Vale do Paraíba está errada e indo contra as leis da geografia internacional. Inclusive acho uma palhaçada esse Super Guia do Vale do Paraíba. Não acredito em sequer uma das histórias aqui contadas.”, e o escritor mais atento do que nunca responde: “Dane-se”.
9:25 – Determinados em concluir o roteiro, nenhuma parada para comer um pão com ovo arrebatador foi feita, chegando direto em Redenção da Serra.
Logo na entrada uma bela Igreja aparentemente católica é avistada num local estranho e afastado para uma igreja. Mas como diziam os Monges Beneditinos “Se Maomé não vai até a montanha, a fé move montanhas”, ou seria Chapolin Colorado que dizia isso? Enfim.... mais tarde em conversa com nativos, foi constatado que essa igreja atendia à parte da cidade que foi alagada com a represa de águas da barragem da Hidroelétrica de Paraibúna. Apesar do conteúdo dúbio deste blog, esta história têm veracidade: http://br.geocities.com/eeftoledo/vvelha.html
9:30 - Sem muitas opções na cidade, os membros honorários do Super Guia Vale do Paraíba foram em busca da prefeitura. Encontrada, tiraram a foto e prosseguiram viagem.
9:50 – Visita à Pousada Beira-Mato, uma agradável pousada citiada entre Redenção da Serra e Natividade da Serra. Ponto alto para aculturamento dos viajantes, devido ao fornecimento da mesma pelo proprietário da pousada.
A história mais quente que foi contada é a de onde surgiu a tradição do Afogado, transcrita a seguir.
Em tempos remotos, existiam grandes panelas para fazer comida para os porcos (preparo da ração). Nestes mesmos tempos remotos, os camponeses faziam suas comidas em marmitex de papel alumínio, o que despendia muito dinheiro e dificultava o transporte, que tinha de ser feito em caixotes de isopor.
Com isto, o lucro dos senhores feudais eram pífeos, devido ao gasto com alimentação de seus vassalos.
Não demorou muito para que percebessem que se utilizassem as panelas gigantes de ração para preparar a comida dos camponeses, iam ter uma produtividade sensacional, reduzindo drasticamente os custos.
E demorou menos ainda para perceberem que se dessem a mesma comida dos porcos para os trabalhadores, que os lucros seriam mais absurdos ainda. Mas, para não admitir que estavam dando comida de porco para os pobres coitados dos camponeses, chamaram aquela comida de Afogado.
Neste momento nasceu a tradição do afogado, que logo foi comprovada em São Luiz do Paraitinga.
10:20 – Apreciação da vista da Pousada Beira-Mato e retomado o caminho para Natividade da Serra
10:40 – Chegada em Natividade da Serra.
Curiosidade da origem do nome da cidade:
Muito tempo atrás, um carpinteiro da cidade precisava de um ajudante.
Muito se buscou pelo ajudante ideal, por anos seguidos, e o carpinteiro nunca contratava alguém, pois sempre dizia que a pessoa não era digna da atividade que ela ia exercer, mas ele nunca dizia qual era a atividade.
Todos tentavam esta almejada vaga de emprego e nunca era concedida.
Quando todos os desempregados da cidade tentaram a vaga, o sindicato dos ajudantes de carpintaria foi lá tirar satisfação com o maldito (e já famoso) carpinteiro que não contratava ninguém. Perguntavam qual era o problema e ele dizia “Esses ajudantes não são dignos da atividade que eu preciso de ajuda”, e perguntavam já em tom ameaçador “Mas que atividade dos infernos é essa?”, e ele negava responder.
Muita polêmica criou-se na cidade, todos queriam saber que diabo era essa atividade tão digna.
O sindicato ameaçava e ele não sedia; não enquanto não tivesse alguém digno da atividade.
Perdendo as estribeiras, o presidente do sindicato deu um tapa na cara do carpinteiro, que somente então percebeu a gravidade da situação e resolveu acrescentar mais detalhes no anúncio de emprego do classificados do jornal da cidade.
No domingão a cidade inteira foi às bancas, indo direto para o anúncio do carpinteiro. Que dizia: “Precisa-se de ajudante de carpintaria, para trabalhar na atividade da serra”.
Devido à repercussão do anúncio, todos saíram na rua gritando “Na atividade da serra, na atividade da serra” e com isto findou o nome da cidade. Dessa história resta apenas um monumento em prol do carpinteiro.
11:05 – Visita à marina de Natividade da Serra, à beira da represa. Poucos barcos, nenhum velejador, e um garoto numa bicicleta.
A água no local é imprópria para banhistas, pois é habitada pela Mão Assassina que ataca quem se aventurar nas águas da represa. Felizmente uma placa de advertência avisa sobre isto, evitando que turistas desavisados entrem para a lista dos mortos pela Mão Assassina.
11:39 – Mirante da cidade. Bela vista. Membros honorários competem para ver quem consegue jogar uma pedra na água da represa. Ninguém obteve sucesso.
12:00 – Visita à prefeitura e comprovação que na região a lei que proíbe as prefeituras identificarem à qual cidade elas pertencem foi respeitada.
12:30 – Chegada em São Luiz do Paraitinga. (FOTO 24)
12:35 – Chegada no local das festividades da Festa do Divino. Que ocorre ao lado da Rodoviária e do Recinto de Exposições, que mais tarde foi palco da Cavalhada.
Neste momento os honorários membros do Super Guia Vale do Paraíba se encontraram num dilema. A fila para se servir do Afogado estava de proporções bíblicas, desestimulando veementemente os membros honorários do Vale do Paraíba, mas por outro lado, aquilo era a missão suprema da viagem, não se servir do afogado seria uma vergonha para todos, um desagrado à nação.
Para reforçar a decisão em manter firme na fila, foi verificado o que seria servido no famoso e tradicional afogado.
Instantaneamente, os membros honorários do Super Guia Vale do Paraíba se dirigiram à barraca de Hot Dog. E completaram a refeição com uma cocada.
13:00 - R$ 6,00 mais pobres (dogão + coca-cola + cocada maneira) e com o bucho cheio, os membros do Super Guia Vale do Paraíba partem para a visitação ao centro histórico.
13:40 – Visitação à prefeitura (São Luiz do Paraitinga também respeita a lei da não-identificação das prefeituras)
14:20 – Visita à Igreja Nossa Senhora do Rosário, velha e abandonada (a igreja).
14:45 - Entrando sem ser convidado e sem bater à porta na à casa do Dr. Oswaldão Cruz.
15:30 – Começa a Cavalhada, mas de forma avacalhada. Desorganização toma conta do local. Crianças na arena de apresentação. Arquibancada para a moçada sentar precária e compartilhada com formigueiros. Cachaceiros por todo lado. E um narrador do evento que não conjugava adjetivos, mas conjugava advérbios que era uma beleza!
A Cavalhada é uma tradição centerária em nos países cristãos. Ela é uma encenação da conquista dos cristãos sobre os mouros quando estes últimos tentaram botar pra quebrar na europa.
Em resumo, a batalha é: Os guerreiros cristão (que vestiam roupas azuis na época) enviados por Carlos Magno dão porrada nos árabes (que eram adeptos à moda do vermelho), os rendem, os expulsam do castelo e os obrigam a aceitar o cristianismo como fé verdadeira, caso contrário além de mais porrada, iriam ser queimados junto com o castelo. Findada a conquista, ambos os lados juntam as mãos e cantam kumbaya ao redor da fogueira alimentada pelo castelo em chamas.
17:30 – Volta pra casa, consolidando o tour mais barato até o momento. Apenas R$6,00 gastos.
Situação atual do Super Guia Vale do Paraíba:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhov3Z6bC3ZT8ZJUYLWExnXsF0ep2CoVb8aEycAu3yVqA_NGTz-kvH8hieajLwVycp2ZTfUu0fGdJQjk_NiZvOd35Ff0g1SFUha4NYloEL0OD56HFTvD8sJlKWWY1ZG3pU6whymXGA406hw/s400/Status_Rota02.gif)
FIM